segunda-feira, abril 26, 2010

"Primeiro, ache alguns amigos para dizer: 'Você está indo bem
Após todo este tempo vocês continuam os mesmos'
Segundo, é o happy hour em um dos dois hotéis
Prepare-se para o jogo: "Você se lembra disso?"
Terceiro, nunca diga o nome dela

Mas Ah! Quem precisa dessa merda sentimental, de qualquer maneira
É preciso mais do que apenas recordações para me fazer chorar
Estou feliz só por sentar numa mesa com os velhos amigos
E ver que um de nós pode contar as maiores mentiras"

(Don Walker}

segunda-feira, abril 05, 2010

Existia Pedro, e os fantasmas. E fulano gritara: "Está ferrado?! Chama Pedro, ele resolve". E tinha as doses, não poderia esquecer seu corpo padecendo, a música alta e a boca seca, aberta. Havia o quarto. A fileira de ação, suspense, drama e o terror na cama vazia no canto do quarto. Terços em pregos na parede, onde sua falecida mãe relutava em orações a suspeita de mais um perdido, mais um esquecido. Remédios e um copo d'água ao lado da cama, roupas em cadeiras, fotos amareladas, algumas datadas, outras de tempos que nunca chegaria a recordar (não ousaria), amareladas e borradas, dando contraste a uma tristeza absoluta, quase palpável. E fora dali existiam os outros, os desfocados, contracenando uma nova cena no inferno, desafiando a sorte em abraços às cegas. E então existia Pedro, quieto como um fantasma, como um santo, na mesma velha mesa, na entrada da velha casa, retocando o passado... Esperando, esperando, esperando, esperando, esperando.