segunda-feira, março 10, 2008

Morre-se o homem, nasce o mito.


Então olhou para o céu, imaginando como seria se fosse qualquer pessoa do mundo. Imaginando seu primeiro beijo, seu primeiro amor. As pessoas não tinham mais vozes, conseguia bloquear o barulho, seus rostos eram iguais, sempre iguais. Queria poder dormir, sentir mais uma vez, começar, sentir o começo. Olhando para o céu não conseguia mais lembrar de nenhum rosto, e pensou: "como lindo seria ser qualquer outra pessoa". E foi assim, mergulhou seu velho carro de frente a uma árvore como se apaixonado beijasse a morte.

3 comentários:

Anônimo disse...

ás vezes ser igual é tão diferente que não faz sentido.

ser diferente é que ser igual a tudo.

belo texto.
ótimas construções.

Yargo disse...

"Sozinho e sem desculpas o homem é condenado a viver sua vida..."
-Dante Alighieri

israel disse...

"ao morreres, dota a aalgum colegio ou ao teu gato"

Pope

belo texto!

bjo!