quarta-feira, agosto 18, 2010


Nossa cobiça destroça qualquer fragilidade que poderia nos asfixiar. Reunidos num templo inebriante, então o dia virá de nos manipular. A noite prepara-se para nos abocanhar. Logo! Desesperadamente ela irá nos presentear um riso histérico. Em volta à fumaça, atrações em olhos felinos, garrafas despedaçadas acalmando espíritos submergidos, imutáveis. O dia irá erguer-se, em breve, e não há nada que possamos fazer. Ocultaremos qualquer descontentamento, para encenarmos novamente, quando a noite chegar, nosso semblante despreocupado.

2 comentários:

L. Fernando Rintrah disse...

"Ele disse que levaria a lua em suas mãos se assim quisesse. Mas naquela noite preferiu segurá-la pelo cabelo e se entregar de coração para aquele momento de completa autonomia..."

que nossa cobiça continue alimentando estes espíritos que já não se satisfazem mais.

beijo

Gecadoida disse...

Escreves tão bem...

beijos!