Nem teus santos, nem teus vícios, nem teus gritos me incomodam.
São teus olhos.
Mãe, há entre nós o infinito e nem sei por onde começar.
Sinto-me febril, e um mal estar prediz uma calmaria impossível.
Olho seus olhos, minha mãe, e temo atravessá-los.
Dentro de ti não existe quietude, e talvez um carinho possa machucar-me.
Mas sempre é sobre o amor.
Sobre eu e você, minha mãe.
Eu e você, como num duelo. Até a exaustão.
E tua morte nos teus dedos, como a liberdade.
Tua chaga como uma marca de nascença em mim até o fim.
terça-feira, fevereiro 12, 2013
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