sábado, fevereiro 12, 2011
Eles sabem como dói, e querem machucar-me. Quatro mãos em meu corpo ébrio, amáveis e assassinos, eles cuidam de mim. Beijos suaves, ferozes, quatro mãos em meu corpo despreocupado. Sombras da noite, eles suaram e cuspiram em minha boca. Assassinos, corruptos, crápulas, eles cuidam de mim. Desapegados, me aninhei em um abraço violento. Bubaa, mais um salvador que pedi por sexo e faz amor. Meu Bubaa ferido, meu Bubaa bondoso. Fui tua vestimenta da noite, graciosa noite que me salvaste. Com o silêncio da madrugada a cidade dorme, nós nos rasgamos de vontade. Você despido na penumbra delirante, me carrega e me retoca pura, menina. Beija como beijos de despedida, como imagino ser um beijo de ternura. Com uma multidão de sombras o deixo, e só mais uma vez volto a olhar-te na sombra que você também se tornou. Bubaa da minha casa nunca erguida, dos meus filhos não nascidos, meu Bubaa de amor.
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